Ritmo Cigano

Baladi, do Egito, envolve movimentos com objetos ciganos; alguns movimentos envolvem lenços, facas e até mesmo garrafas de bebidas nas mãos.
Zapaderin -dança secreta das ciganas- que invoca o amor do cigano. A cigana, através da dança invoca espiritualidade a sua força.
Manouche, Sinti, Kauderashs -todos trazem sua dança e seus belíssimos ritmos que são transformados numa única experiência artística e musical, trazendo do íntimo da mulher a sensualidade, a alegria e a beleza de sua força interior.
Portanto, os ciganos possuem diferentes tipos de música para diferentes ocasiões.
FLAMENCO, é a arte do canto e da dança própria dos ciganos espanhóis da Andaluzia, que se propagou a outras regiões da Espanha e tornou-se comum nas cidades mediterrâneas e grandes núcleos urbanos, como Madri e Barcelona. Embora seja de fundo árabe, está estreitamente ligado aos ciganos, nos quais encontrou seus verdadeiros intérpretes. A essência do flamenco é o canto, freqüentemente acompanhado de violão. Os cantos e bailes flamencos constituem arraigada tradição do povo andaluz, que neles traduzem seus momentos de alegria ou tristeza, extravasando sentimentos, sempre impregnados das idéias de amor e morte.
A imigração de povos ciganos no século 15 foi dando contornos definitivos a essa arte, reconhecida como tal desde o século 18, quando as canções ganharam letra. A partir do século 19, os ciganos começaram a dançar e cantar profissionalmente nos cafés. Surgiu assim a figura do guitarrista, acompanhante habitual do cantador, nome que se dá ao vocalista. O ritmo da dança e do sapateado é marcado por palmas, gritos de incentivo ou reprovação denominados jaleo, estalar de dedos e unhas (para os homens) e toque de castanhola (para as mulheres).
Dos gêneros mais antigos do flamenco, como as nostálgicas cañas e soleares, derivaram formas mais modernas. A siguiriya, de raízes ancestrais, e a saeta, lamento pela paixão de Cristo, são outras modalidades do flamenco. A partir da segunda metade do século XX, o flamenco passou a sofrer diversas influências, que as correntes tradicionais tentam evitar.


Autor: Nadia Mara
Fonte: Instintocigano.com.br