Yoga DESENVOLVA SUA AUTOCONSCIÊNCIA!

DESENVOLVA SUA AUTOCONSCIÊNCIA!

Força para o corpo, clareza para a mente. Descubra agora por que praticar yoga é uma opção simples e eficaz para quem deseja chegar a essa combinação de sucesso

 

Texto • Geisa D'avo
 

Todo mundo já ouviu falar sobre a importância do autoconhecimento, aquele conceitinho básico que nos permite compreender melhor cada um de nossos raciocínios e comportamentos. O que pouca gente sabe é que investir em horas e mais horas de terapia já não é a única maneira de buscar (e atingir) tal grau de consciência. Práticas vindas do Oriente, como o yoga, são capazes de promover o mesmo benefício e, de quebra, oferecem resultados rápidos e surpreendentes. A proposta, neste caso, é um pouquinho diferente: mais que desenvolver o autoconhecimento, é preciso descobrir a si mesmo. Quer saber como isso funciona? Basta, então, acompanhar a leitura!
 

Verdade pessoal

Segundo a filosofia yogue, cada um de nós vive uma espécie de personagem, montado de acordo com as expectativas e influências que recebemos de nossos ancestrais e familiares e também de acordo com todos os aspectos culturais que nos cercam. Por isso, a verdadeira realização só acontece quando deixamos de lado este personagem e nos apropriamos de quem realmente somos.

Para atingir esta meta, no entanto, é preciso encarar o desconhecido, como explica André De Rose, instrutor da Escola Yoga Pequena Índia, de São Paulo (SP): “Somos o que pensamos ser e dificilmente conseguimos nos libertar disso, pois preferimos um mundo conhecido e seguro. Basicamente, as pessoas preferem o conhecido ao desconhecido, mesmo que o segundo seja melhor. É a tal zona de conforto”.

Por isso, vencer o comodismo é mesmo o primeiro passo para abandonar o personagem, entrar em contato com as próprias verdades e, assim, viver com autenticidade. “Como resultado dessa mudança, tudo aquilo que produz sofrimento ao nosso personagem deixa de ser importante e, portanto, não pode mais nos ferir”, afirma De Rose.
 

Corpo x mente

A maneira como nosso corpo funciona está totalmente ligada aos nossos pensamentos e ideias – e vice-versa. Parece confuso? Pois bem, para compreender este raciocínio, basta imaginar como são os dias de uma pessoa claustrofóbica. Já que não consegue permanecer em ambientes fechados, é bem possível que esta pessoa recuse a possibilidade de entrar em elevadores e sempre prefira subir pelas escadas, certo? Logo, como resultado, suas pernas serão mais fortes do que eram antes e mais musculosas do que as de uma pessoa comum, ou seja, sua condição física terá variado por conta de algo que se passa em sua mente.

Neste caso, fica muito fácil notar como o corpo e a mente estão sempre relacionados e determinam um ao outro, mas a verdade é que, mesmo sem perceber, todos nós lidamos com variações deste tipo. É justamente aí que entra o yoga: ao estimular o corpo a fugir do padrão e propor a realização de movimentos diferenciados, a técnica faz com que a mente encontre também novas – e melhores – maneiras de perceber e lidar com antigas situações.
 

Todo sentido

A prática de yoga também é uma boa pedida para quem deseja ganhar controle e apurar os próprios sentidos. Alguns exercícios permitem, por exemplo, que tudo aquilo que é apreendido por olfato, audição, paladar, tato e visão se transforme numa hiperestesia sensorial, ou seja, uma espécie de contraponto à sensação de anestesia, o que por si só estimula – e muito! – a consciência.

Quer tentar? Bem, para começar, fique em pé com os pés unidos, sem abrir os olhos. Transfira todo peso do seu corpo para o pé esquerdo, aumentando o peso gradualmente, sem flexionar o tronco, que deve permanecer bem ereto. Pouco a pouco, imagine que está tirando o pé direito do chão, como se seu calcanhar já não estivesse apoiado e apenas a ponta do pé continuasse em contato com o solo. Após alguns instantes nesta posição, ainda de olhos fechados, retire todo seu pé direito do chão e coloque-o sobre o pé esquerdo, pisando nele. Permaneça um minuto nesta posição e, depois, inverta o processo e repita, sem abrir os olhos em momento algum. Assim, estimulará sua mente a criar uma nova – e mais ampla – concepção daquilo que seus sentidos estão captando!
 

Controle instintivo

Para perceber como trabalhar o corpo é suficiente para modificar seu padrão de comportamento e colocá-lo em contato com suas verdades mais profundas, faça o seguinte exercício: deite-se com as costas no chão e a barriga para cima. Em seguida, junte as pernas e, sem forçar o pescoço, levante a parte superior do corpo, tirando o dorso do chão e mantendo a região lombar encostada. Permaneça nesta posição enquanto puder e, quando cansar, solte o corpo lentamente.

A ideia desta atividade é fortalecer a região abdominal, que é o centro dos nossos instintos. Medo, raiva, ansiedade, ciúmes e tantos outros sentimentos negativos se originam nesta parte do corpo. Por isso, ao fortalecê-la você estará produzindo uma espécie de blindagem emocional, que lhe ajudará a controlar melhor os instintos mais básicos. Ao mesmo tempo, terá a oportunidade de perceber com mais facilidade em quais situações estes sentimentos vêm à tona, já que os “sintomas” decorrentes deles também se manifestarão na região abdominal.

Fonte: Triada.com.br