TERAPIA MUSICAL FUNCIONA! CONFIRA

TERAPIA MUSICAL FUNCIONA! CONFIRA

Depoimentos inspiradores de pessoas (de todas as idades e perfis!) que viram suas vidas mudarem para melhor ao se entregarem aos poderes terapêuticos da música

 

Texto • Redação

“Sempre fui muito introvertido, tímido e, de vez em quando, até um pouco agressivo com as pessoas. Meus pais acham que faço a linha rebelde, mas não concordo com isso. Gosto muito de fazer musicoterapia e vejo nela um meio para canalizar minha criatividade e me expressar melhor. Gosto de compor músicas e vinhetas. Também tenho vontade de ser cantor. Sempre levo minhas composições às sessões e a terapeuta me ajuda a colocá-las em prática. Até mostro algumas para meus pais. Nosso relacionamento está melhorando e tenho conquistado mais facilidade para me comunicar”.

Ivo Andrade, 19 anos, estudante

 

“Sou muito estressada, tímida e tenho grande dificuldade em verbalizar meus sentimentos. A musicoterapia tem me ajudado a controlar o estresse e a demonstrar, por meio da música, aquilo que não consigo traduzir em palavras. Sempre levo às sessões músicas que façam algum sentido para a minha vida e história. Nas primeiras vezes, morria de vergonha e tive dificuldade para me soltar. Aos poucos, fui melhorando a timidez e hoje até canto. Gosto também de ler alguns poemas e, agora, pretendo levar meu teclado para as próximas sessões. Depois de oito meses de terapia, me sinto mais disposta e bem-humorada”.

Sandra Andrade de Oliveira, 27 anos, tradutora e revisora

 

“Meu marido é músico e minha filha é cantora. Por isso, foi bastante lógico buscar na musicoterapia as soluções para meus problemas. Eu não conseguia me expressar direito, estava com a auto-estima em baixa e não era capaz de manter um diálogo com a minha filha. As sessões ajudaram a exteriorizar meus sentimentos e me trouxeram a auto-estima de volta. Agora, utilizo a música para trocar idéias com minha filha e isso nos torna mais próximas. Consigo expor melhor o que sinto e, se me vejo com dificuldades, procuro uma música, canto várias vezes e, então, consigo relaxar e pensar com mais clareza. Dessa forma, estou melhorando a cada dia. A música realmente movimenta minha vida”.

Maria Antônia Barros de Araújo, 46 anos, dona de casa

 

“Meu marido toca violino desde pequeno. Quando nossos filhos eram menores, decidimos inscrevê-los nas aulas de música, pois vimos pesquisas que comprovaram que essa atividade auxilia no desenvolvimento das crianças. É um exercício para a mente. Colocamos primeiro a Rebeca e o Mateus, com seis e cinco anos, depois o Cléber. A mais velha era bem desligada e, com o tempo, melhorou. Hoje tenho uma verdadeira orquestra dentro de casa. Uns tocam saxofone, clarinete, órgão, violino; outros, teclado e piano. O caçula, Samuel, tem déficit de atenção, mas já aprende flauta com um dos irmãos. Já na primeira série ele aprendeu a ler. Apesar de nossos esforços, não tenho dúvida de que a música desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento do potencial, concentração e disciplina de meus filhos. Eles aprenderam a tocar antes mesmo de entrar na escola. A música é um prazer, uma satisfação para todos nós”.

Marisa de Lima Rocha, 39 anos, dona de casa

 

“Minha filha sempre foi minha grande amiga. Em casa éramos duas mulheres e três homens, meu marido e meus dois filhos. No ano passado, ela se casou e se mudou para longe. Alguns meses após o casamento, comecei a perceber que perdia o ânimo de fazer as coisas rotineiras, que estava ficando melancólica, triste. Sentia muito a falta dela. Isso coincidiu com o início da menopausa, e eu me sentia velha e sozinha. Logo, comecei a tomar antidepressivos, mesmo sem consultar um médico. Minha situação, em vez de melhorar, piorou – me sentia cada vez mais desanimada, fraca e deprimida. Foi então que me submeti, por influência de minha irmã, às primeiras sessões de musicoterapia, nas quais conversava bastante com a terapeuta e podia me expressar. Em algum tempo, comecei a me sentir melhor, mais calma, e a angústia deu lugar a uma saudade do bem, que deixou de me fazer mal. Foi só aí, também, que tive coragem de conversar abertamente com minha família, que me apoiou e ajudou, com muito amor e carinho”.

Márcia*, 52 anos, dona de casa

 

“Sofria de depressão e ansiedade. Encontrei a chave da minha felicidade na musicoterapia. Mergulhei nela e, hoje, estou totalmente curada da depressão. Levava às sessões músicas que marcaram minha infância e adolescência e tudo aquilo que gostava de ouvir. Com a música, consegui expressar meus sentimentos e, assim, resgatar o prazer que a depressão não me deixava sentir. Nas sessões de musicoterapia, eu podia ser eu mesma e, naturalmente, fui me conhecendo melhor e fortalecendo a minha auto-estima. Hoje, no dia-a-dia, continuo praticando sozinha. Escuto muita música e não deixo mais a depressão me pegar. Recomendo para todas as pessoas”.

Elaine Cristina, 33 anos, webdesigner

 

“Sofro de Transtorno Afetivo Bipolar, que causa alterações radicais de humor e episódios depressivos. Fiquei internada por meses. Quando tive alta, fui aconselhada por meu psiquiatra a complementar o tratamento com um musicoterapeuta. Não foi fácil, porque meus sentimentos eram muito confusos e me sentia sufocada na sala de atendimento. Estou em tratamento há cerca de seis meses e me sinto melhor. Meu humor, que antes era muito descompassado, atualmente é mais estável e consigo ouvir mais o que as pessoas têm a dizer. Não parei com o tratamento psiquiátrico, mas acredito que a musicoterapia tem me beneficiado bastante”.

Zuleica Ramos de Oliveira, 36 anos, designer de interiores

 

“Aos oito meses, Débora, a terceira dos meus quatro filhos, apresentou uma enfermidade. Em princípio, os médicos achavam que poderia ser leucemia, mas descobriram que era uma doença rara: anemia hemolítica. Faltou o chão quando soubemos. Foram anos de dedicação a ela para amenizar o sofrimento. Por causa dessa correria, deixamos de lhe ensinar algumas coisas. Com quatro anos, ela não sabia as cores e não tinha coordenação motora. Foi quando meu marido e eu optamos por colocá-la em uma escola de música, assim como todos os nossos filhos, que aprenderam a tocar algum instrumento. Aos poucos, ela descobriu as cores, aprendeu as teclas com desenhos de animais e com histórias. Na época, ela não podia fazer muitas coisas por causa da baixa imunidade. Tinha restrição alimentar, não podia conviver com muita gente por causa das infecções, nem participar de certas brincadeiras. Mas as aulas de música seguiram em frente. Aos cinco anos, entrou na escola, já sabia as cores e estava desenvolvendo a coordenação motora. Atualmente, está no 1º ano do Ensino Médio e toca órgão e teclado. Não dá para pensar em nossa vida sem música”.

Fonte: triada.com.br

Araçari Pereira de Lima, 46 anos, dona de casa